Retrospectiva
No lado político, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, o deputado Rodrigo Pacheco declarou que a votação da denúncia contra o presidente Temer, na comissão, deve acontecer apenas na próxima semana.
Em relação à economia internacional, na zona do Euro, as empresas cresceram mais rapidamente em setembro, conforme revelou o PMI industrial. Já as vendas no varejo recuaram 0,5% em agosto, quando a expectativa era de um avanço de 0,30%. Quando à taxa de desemprego na região, ficou mantida em 9,1% em agosto, quando se esperava que ela descesse para 9%.
Nos EUA, em agosto, os pedidos industriais subiram 1,2% em relação a julho, sobretudo no setor de transporte. Por sua vez, a atividade industrial avançou em setembro, marcando o centésimo mês consecutivo que o índice fica acima de 50 pontos, a fronteira entre o crescimento e a contração da atividade. Por outro lado, pela primeira vez em sete anos, o número de vagas de emprego não rural se contraiu, devido aos furacões. Foram perdidos 33 mil postos de trabalho. No entanto a taxa de desemprego recuou de 4,4% para 4,2%, a taxa mais baixa desde fevereiro de 2001.
Nos mercados de ações internacionais a semana foi novamente de altas. Enquanto o Dax, índice da bolsa alemã subiu 0,99%, o FTSE-100, da bolsa inglesa, avançou 2,04%, o índice S&P 500, da bolsa norte-americana 1,19%, depois de estabelecer nova pontuação recorde e o Nikkey 225, da bolsa japonesa 1,64%.
Em relação à economia brasileira, dos indicadores parciais de inflação, o IPC-Fipe, que havia subido 0,10% em agosto, encerrou setembro, com alta de 0,02%. Já o IPCA, que havia subido 0,19% em agosto, avançou 0,16% em setembro, um pouco acima do que o mercado esperava. No ano o índice acumulou elevação de 1,78% e de 2,54% em doze meses. Os grandes responsáveis pela baixa inflação foram os preços dos alimentos. Por seu turno, a produção industrial brasileira surpreendeu em agosto, ao apresentar queda de 0,8% em comparação com julho. Em um ano a alta foi de 4%.
Para a bolsa brasileira, foi uma semana de recorde, com o Ibovespa subindo 2,37% e atingindo os 78 mil pontos pela primeira vez na história. Assim, acumulou alta de 26,28% no ano e de 24,46% em doze meses. Lembramos que estamos desde o início do ano sugerindo o investimento em ações. O dólar, por sua vez caiu 0,10%, aumentando a variação negativa para 2,89% no ano. O IMA-B Total, por sua vez avançou 0,34% na semana, acumulando alta de 13,54% no ano.
Comentário Focus
No Relatório Focus publicado hoje, a média dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 2,98% em 2017, frente a expectativa de 2,95% na semana anterior. Para 2018 a estimativa é que suba 4,02%, frente a 4,06% na semana anterior. Para a taxa Selic, o relatório informou que agora, para o fim de 2017, a média das expectativas situou-se em 7%, como na pesquisa anterior e para o final de 2018 também em 7%, como na última pesquisa.
Já para o desempenho da economia previsto para este ano, o mercado estima a evolução do PIB em 0,70%, como na pesquisa anterior e para 2018 um avanço de 2,43%, comparado a 2,38% no último relatório. Para a taxa de câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana estará em R$ 3,16, no fim de 2017, como na pesquisa anterior e para o final do próximo ano em R$ 3,30, também como no último relatório. Para o Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 75 bilhões em 2017 e 2018.
Principais projeções do FOCUS
Perspectiva
Na agenda internacional desta semana está prevista a divulgação, na zona do euro, da produção industrial em setembro. Nos EUA, teremos a divulgação das vendas no varejo e da inflação do consumidor em setembro, além da divulgação da ata da última reunião do FED no mês que passou.
No Brasil, serão divulgados os indicadores parciais de inflação, além das vendas no varejo em agosto. No exterior, as atenções estarão voltadas para a ata da reunião do FED e no Brasil, teremos a divulgação das vendas no varejo, em uma semana cortada por feriado. Entendemos que, dado o expressivo avanço já ocorrido com os índices que referenciam os fundos de investimentos em títulos públicos, nos meses recentes, por conta da queda da inflação e da redução da taxa Selic, o momento é de realização dos lucros obtidos com as aplicações de longuíssimo prazo.
Permanecer com uma exposição no vértice de longuíssimo prazo neste momento de ainda grandes incertezas, pode não representar ganhos expressivos em função do fator risco a ser incorrido. Assim, recomendamos uma exposição de 30% no vértice de longo prazo, representado pelo IMA-B Total.
Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) mantemos a nossa recomendação de uma exposição de 10%. Os recursos saídos do longuíssimo prazo deverão ser migrados para as aplicações em fundos DI, cuja alocação agora sugerida é de 30%. Lembramos que para evitar o desenquadramento aos limites da Resolução CMN nº 3.922/2010, o percentual máximo de alocação em fundos enquadrados no Artigo 7º, Inciso IV é de 30%. A estratégia ora recomendada mantém a perspectiva de bom retorno ao mesmo tempo em que reduz o risco total da carteira.
Permanece a recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das políticas de investimento é oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo), em detrimento das alocações em vértices mais longos. A atual escassez de crédito para a produção e o consumo tem gerado prêmios de risco, que possibilitam uma remuneração que supera as metas atuariais.
Quanto à renda variável, passamos a recomendar a exposição máxima de 30%, por conta da crescente melhoria das expectativas com a atividade econômica no próximo ano, que deverá refletir em um melhor comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores. Assim, já incluídas as alocações em fundos multimercado (5%), em fundos de participações – FIP (5%) e em fundos imobiliários FII (5%), a alta na parcela de renda variável para 30%, considera que a alocação em ações passou de 10% para 15%, diminuindo-se para 30% as alocações em renda fixa de curto prazo.
Por fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.
Fonte: FAHM Consultoria